sábado, 17 de abril de 2010

Corregedoria ouve PM acusado de agredir adolescente em condomínio de Natal

O aspirante da Polícia Militar Thales Eduardo da Silva Barros, de 26 anos, foi ouvido informalmente pela Corregedoria de Polícia, na manhã de ontem, onde uma sindicância foi aberta para apurar uma suposta denúncia de agressão do PM contra um adolescente de 14 anos, em um condomínio residencial no Barro Vermelho, Zona Leste de Natal. A informação foi confirmada pelo corregedor Alexandre Henrique Pereira, que não deu detalhes sobre o que foi relatado pelo policial.
A agressão teria ocorrido no último dia 20 de março, de acordo com informações de um agente que prefere não ser identificado, da 3ª Delegacia de Polícia, onde o inquérito civil transcorre, após o registro de um Boletim de Ocorrência do pai do adolescente. De acordo com a denúncia, o rapaz teria sido agredido verbalmente e fisicamente pelo policial, no condomínio onde Thales estaria se confraternizando com parentes e alguns amigos, na área de lazer. O aspirante teria se irritado com um grupo de crianças e adolescentes.
O delegado à frente da investigação é Flavio Della Valle, que está em Fortaleza e, atualmente, substitui André Gurgel, titular da 3ª Delegacia, de férias. Ainda de acordo com o agente, um Termo Circunstanciado de Ocorrência pela lesão corporal foi feito e está à espera da assinatura do PM, que será ouvido na próxima terça-feira. Alexandre Henrique explicou que, também na próxima semana, Thales será ouvido novamente na Corregedoria, dessa vez formalmente.

"Thales se exaltou, mas não houve violência física", diz o advogado do PM. De acordo com Álvaro Barros, o adolescente não morava no condomínio e Thales, residente lá, havia reservado a área de lazer para fazer um churrasco. "As crianças quebraram um cano, causaram um dano enquanto o lugar estava sob sua responsabilidade", justifica. "O policial apenas falou de maneira mais enérgica com os garotos". O advogado afirmou que irá indagar o motivo de o inquérito transcorrer em uma delegacia distrital, ao invés da Delegacia Especializada na Criança e no Adolescente, e também pedirá a apuração do suposto vazamento do vídeo que contém imagens feitas palas câmeras de segurança do condomínio, no momento da "confusão".

FONTE:  Diário de Natal

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