quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Primeira turma de Policiais Militares Femininas do RN completa hoje 23 anos de formação

Elas entraram muito jovens na Polícia Militar do Estado. Apesar do preconceito e dificuldades enfrentadas ao longo de 23 anos, a primeira turma de policiais militares praças femininas comemora mais de duas décadas de atuação, dedicadas à construção do caráter de muitos norte-rio-grandenses, ao combate à violência, e à criminalidade do RN. Unidas e atuantes no policiamento estadual, as policiais militares da turma de 90, denominada “As Pioneiras Potiguares”, dedicam à corporação boa parte da formação de suas condutas pessoais.



“Grande parte do que somos hoje se deve a essa formação adquirida a por mais de 20 anos. Aprendemos a gostar da Polícia Militar e mesmo com as adversidades, procuramos meios alternativos para cumprir o nosso compromisso com a sociedade” Destaca a sargento Célia


Sargento Célia Lins de Melo, é uma das 57 soldados formados na turma de 90, da PM Feminina. Hoje, ela é diretora de Apoio à reserva Remunerada, Pensionistas e Reformados da Associação de Subtenentes e Sargentos da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros do RN (ASSPMBM/RN). A militar também atua no Comando de Policiamento Metropolitano e desenvolve voluntariamente trabalhos sociais por todo o RN, através do grupo teatral @bsolutas.

Mesmo com atuações importantes no RN, dados da Companhia de Polícia Feminina (CPFEM) do Estado, confirmam a pouca representatividade do efetivo feminino em solo potiguar. Apenas 29 policiais militares femininas trabalham em guarnições, exercendo serviços de policiamento ostensivo. 

Entre as que estão à disposição, foram cedidas para batalhões, ao Comando de Polícia Rodoviária Estadual (CPRE) ou a órgãos públicos estaduais, o número chega a 183. Tendo em vista a quantidade de policiais militares atuantes no RN, que chega a mais de 9 mil, o espaço feminino na corporação militar é reduzido. E a demanda por essas profissionais não para de aumentar.

“Desde 2004, não é realizado concurso público para policial militar feminina. Tendo em vista a presença de gestantes e de policiais que tiram licença médica, a reposição do efetivo é prejudicada pela falta de pessoal”, explica a sargento Nicelma Santos, que atua na Companhia de Polícia Feminina (CPFEM). A sede da Companhia também apresenta problemas de estrutura. Apenas uma viatura está a disposição das policiais e em época de chuvas, os alagamentos são constantes.

Em reconhecimento à importância das militares estaduais no contexto da segurança pública do RN, a ASSPMBM/RN atribuiu três das funções da diretoria, para policiais militares femininas. Entre elas está o cargo de vice-presidente, ocupado atualmente pela sargento Márcia de Carvalho Fernandes. 

“A ASSPMBM/RN é a única associação representativa da polícia militar do RN, que conta com a presença de policiais militares femininas na diretoria. Através disso, o nosso objetivo é que elas também possam vir a desenvolver atividades direcionadas ao público feminino na corporação militar, bem como identificar as demandas principais para cobrá-las junto ao Poder Público”, observa sargento Eliabe Marques, presidente da Associação.

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